O estuário do Sado é um sistema biologicamente produtivo, com uma grande diversidade natural, mas que revela impactos negativos sobre o património natural cujas proporções não são bem conhecidas. Este é o local onde vive a única população residente de cetáceos de Portugal - os golfinhos roazes (Tursiops truncatus).
Estudos ecológicos e comportamentos demonstraram que o estuário do Sado é utilizado preferencialmente como área de alimentação dos golfinhos-roazes. Estes animais são os predadores de topo da cadeia alimentar estuariana e as substâncias tóxicas existentes no meio, como resultado da poluição, estão presentes nas potenciais presas que constituem a sua dieta. A injestão de elementos tóxicos através dos alimentos pode resultar na bio-acumulação desses elementos nos tecidos dos golfinhos, os quais em elevadas concentrações podem influenciar a saúde e sobrevivência dos animais.
Alguns dos animais desta população apresentam lesões napele, que podem ser devidas a infecções provocadas por agentes patogénicos ou a anomalias no funcionamento do organismo devidas ao stress. Sabe-se igualmente que a existência de certos poluentes qímicos no meio prejudica a fisiologia dos golfinhos-roazes, nomeadamente através de insucesso na reprodução e defiências a nível imunitário. Os elementos tóxicos acumulam-se igualmente no leite materno, de modo que são directamente transmitidas às crias aquando da amamentação. É, provalmente, este o facto que origina a elevada mortalidade infantil que se observa nesta população, tendo-se registado no verão de 2001 a ocorrência de três nasciments e duas mortes de crias.
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Alguns dos animais desta população apresentam lesões napele, que podem ser devidas a infecções provocadas por agentes patogénicos ou a anomalias no funcionamento do organismo devidas ao stress. Sabe-se igualmente que a existência de certos poluentes qímicos no meio prejudica a fisiologia dos golfinhos-roazes, nomeadamente através de insucesso na reprodução e defiências a nível imunitário. Os elementos tóxicos acumulam-se igualmente no leite materno, de modo que são directamente transmitidas às crias aquando da amamentação. É, provalmente, este o facto que origina a elevada mortalidade infantil que se observa nesta população, tendo-se registado no verão de 2001 a ocorrência de três nasciments e duas mortes de crias.
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